Quando fotografo, crio memórias visuais que são vistas e recordadas a qualquer momento. Mantenho vivas e presentes as emoções de um momento especial, que perdura no tempo e que passa de geração em geração.

Sempre achei difícil falar sobre mim. No entanto, as pessoas que fotografo acabam por conhecer-me melhor. Reparam como a fotografia me apaixona e como respiro esta forma de arte e de comunicação. Esta paixão cativou-me desde cedo, pela sua característica quase mágica de registar momentos e emoções e pelo poder de guardar memórias e de as tornar presentes.

Foi uma paixão egoísta de início, confesso. Mas, depois de ser mãe, encantei-me com a possibilidade de eternizar momentos especiais da vida de outras pessoas. Acredito que ser empática e apaixonada pelas emoções genuínas, pelo “Ser” humano e pela Vida, fortalecem o meu trabalho. No fundo, quando vejo a felicidade estampada nos rostos, natural ou porque contribuo para isso, fico também feliz.

Os meus temas fotográficos favoritos acabam por ser uma consequência natural dessa minha sensibilidade. Do estar atenta a detalhes, a cores, à luz e às formas. Tanto as pessoas, como os animais, são ideais para retratar momentos de forma espontânea, natural, discreta e criativa. O que torna cada sessão única.

Aprendi a fotografar ainda adolescente com o meu pai e com o fotojornalista Eduardo Baião. A formação em Tradução e os anos de ensino foram acompanhados pela fotografia, como suporte para as aulas, tendo frequentado um curso de Fotografia Profissional no IPF. Tenho feito, ao longo do tempo, várias formações no Cenjor ligadas à fotografia. Desde 2010, por opção, a fotografia passou a ser a minha atividade a tempo inteiro.