Presidente dos EUA repõe sanções no “nível máximo” e põe um ponto final ao acordo entre os dois países.

A decisão era já conhecida e foi avançada pelo New York Times na manhã de terça-feira. Donald Trump assinou hoje a ordem executiva que desvincula os EUA do acordo nuclear com o Irão. O anúncio público estava marcado paras as 14h em Washington (19h em Lisboa) e ameaçava fazer ruir uma das bandeiras da Presidência Obama.

O Presidente norte-americano começou por enunciar algumas das razões que suportavam o que disse ser uma “decisão inevitável”. O apoio iraniano ao Hezbollah, à Al-Qaeda ou ao movimento Talibã. O bombardeamento de embaixadas americanas e instalações militares. O rapto e tortura de cidadãos americanos. Actuando num “reino de caos e terror”, seria necessário travar o programa nuclear iraniano.

O “Plano de Acção Conjunto Global”, nome oficial do acordo entre os EUA, Irão, União Europeia e o conjunto dos países do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi assinado a 14 de julho de 2015. Um acordo que “falhou na prática”, e que segundo o líder americano, teria no seu coração uma grande falha. Trump fala numa “ficção” e na falta de meios adequados para prevenir a “batota” no que estava acordado. O crescimento do orçamento militar iraniano e o continuado apoio do Irão a organizações terroristas seriam resultado da remoção das sanções acordadas em 2015.

O Presidente dos EUA restabelece assim as sanções económicas ao regime iraniano, “no nível mais alto”. Uma mensagem fica também garantida: “qualquer nação que apoie o Irão pode ser sancionada também”. Garantindo que não existem ameaças vazias por parte dos EUA, Donald Trump diz estar a trabalhar com os aliados na procura de uma real solução para a ameaça nuclear iraniana.