Vaniny Alves chegou a Portugal e dos dois caminhos que tinha para escolher, decidiu escolher o caminho mais difícil. O caminho das agulhas!

Existem 2 caminhos. O das agulhas e dos alfinetes.

 

Filha de um apresentador, cantor e locutor. Tinha tudo para ter uma herança de sucesso no Brasil, Mas não o quis. Mudou-se para Portugal, porque queria vencer por ela. Sem cunhas, nem heranças familiares.

Vaniny teria dois caminhos a percorrer, o das agulhas ou o dos alfinetes. O mais difícil, foi o escolhido. Não quis “ser levada ao colo”, lutou, batalhou e está a conseguir triunfar.

Aos poucos, ela foi dando pequenos passos. Um curso, uma música, uma parceria… Mas parecia que o sucesso não chegara. Olhando para trás ela viu, viu que o sucesso havia chegado. E agora está a chegar onde sempre sonhou.

A cantora brasileira conta com uma legião de mais de 68 mil fãs no instagram, temas que ultrapassaram 1 milhão de visualizações no Youtube, é das cantoras mais acarinhadas de Moçambique, fez duetos com cantores conhecidos e algumas toréns internacionais. Mais recentemente entrou para os primeiros lugares do Top Music Angola e está a conquistar o país Africano.

 

 

Caminho de alfinetes

Através deste caminho é fácil chegar onde queres. Alfinetes são “agulhas com algodão”, a “papinha toda feita”. Quase que somos “levados ao colo”. Não nos dá tanto gozo quando chegamos ao fim deste caminho, porque foi fácil demais.

Porém, é o mais escolhido. A ideia de “rápido e fácil” toma conta do nosso cérbero e assume, muitas vezes, as rédeas das nossas vidas. O comodismo é um dos nossos maiores rivais.

Imaginemos, se Vaniny tivesse escolhido este caminho hoje poderia estar ao lado de uma Anitta ou de uma Ludimilla (duas das cantoras mais conhecidas do Brasil). Não o escolheu! Mas há de lá chegar…

 

Caminho de agulhas

O mais difícil de percorrer, mas aquele que mais dá prazer quando percorrido. O caminho do sangue. Sangue que representa luta, dificuldade, obstáculos ultrapassados e no fim… A Conquista.

Conquista, esse sabor a vitória doce, que nos cai tão bem depois de tanto tempo numa batalhar amarga. Uma batalha onde lutamos, quase “sem armas”, por algo que queremos muito.

Este foi o caminho escolhido por Vaniny. O “seu sangue” foi ter deixado para trás a sua família, ter vindo sozinha para Portugal. E abdicar de tudo o que a podia ter levado de uma forma bem fácil até ao estrelato.

Agora, soma várias pequenas conquistas à sua grande conquista de vingar. Vingar por ser Vaniny e não por ser a “filha do Robson Nolasco”. Acertou no homem, no pai, por quem tanto orgulho tem. Mas preferiu não usar o seu apelido. Ficou-se pelo “Alves” para não sentir o peso do “Nolasco”.

 

Vaniny com a mãe e o pai.

Quando estiver bem assente no mundo da música como Vaniny Alves, aí quer voltar a juntar-se a quem a trouxe para o mundo musical. Um momento onde vais voltar a ser “a filha do Robson” porque no final das contas é sempre ele que lhe “limpa o sangue” depois destas longas caminhadas.

 

Agora tu, imagina-te “descalço”!! Que caminho escolherias?

 

 

Texto: Rui Viegas