Erik Gierckshy, diretor da plataforma «Sustainable Oceans Business» do projeto global das Nações Unidas, afirmou que Portugal é um dos potenciais líderes na exploração dos oceanos face às grandes soluções tecnológicas que tem vindo a apresentar com base nesta premissa.

Sustentabilidade e Consciencialização dos Mares

 

Quatro dias após o Dia Nacional do Mar, em que Portugal celebra o 24º aniversário da “Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar”, que estabeleceu, entre outros, os limites marítimos inerentes à Zona Económica Exclusiva e à Plataforma Continental, recebemos a notícia de que o país apresenta capacidades para estar à frente a liderar a exploração dos oceanos.

O diretor da plataforma «Sustainable Oceans Business» em visita ao CEiiA — Centro de Engenharia e Desenvolvimento, que decorreu no dia 20 de Novembro em Matosinhos (Porto), afirma que os centros de investigação e universidades em conjunto com a indústria que opera no mar apresentam soluções tecnológicas com estrutura que suporta a revisão da regulamentação dos oceanos, o mapeamento das oportunidades dos oceanos e a criação de princípios de sustentabilidade de negócio.

“O oceano pode ser uma aposta na resolução de vários problemas, visto que é o nosso ‘ar condicionado’, porque 50% do oxigénio é lá reproduzido. Por isso, é importante usarmos as indústrias e o setor empresarial para alterarmos mecanismos e procurarmos as perspectivas do mercado”, afirma.

Alerta Sustentável

 

Segundo Nicole Crane, membro do departamento de Biologia da Faculdade de Cabrillo em Aptos na Califórnia, “a nossa ligação com o oceano pode ser diferente mediante a relação que estabelecemos com o mesmo, para alguns significa apreciação da sua beleza e sensação de descanso, para outros é uma forma de sobrevivência.” É por isso que existe uma espinha dorsal sobre a coordenação e definição de trabalho a ser incrementado sobre as indústrias que operam no oceano, as oportunidades que surgem através do meio e a sua preservação.

Cerca de dois terços da poluição no oceano chega por via terrestre e provêm principalmente de descargas industriais, de aterros que se localizam perto das costas e de plásticos e microplásticos abandonados nas praias. A terça parte vem de perdas no mar, desde cargas de navios a material de pesca esquecido, perdido ou deitado ao mar.

Salvar os mares dos plásticos

Fonte e artigo infográfico completo: https://www.publico.pt/2018/04/22/infografia/por-um-oceano-limpo-260

Sendo os 150 milhões de toneladas de plástico nos oceanos um dos temas do momento, Erik Gierckshy recorda a importância de ativação de novos parceiros “que são capazes de atravessar diferentes setores como o transporte, a exploração submarina e até o espaço, como é o CEiia. O contributo deste centro pode ser muito valioso para a nossa plataforma, quer no desenvolvimento de soluções de mobilidade, mas também na sustentabilidade do oceano”.

Os próximos dias serão passados em reunião com membros do governo português para se poder estabelecer uma estratégia e coordenação de execução a par com as indústrias operacionais no setor.