Os refugiados

Direitos à igualdade, à liberdade, à segurança, à saúde, à educação e à habitação estão consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos que celebra 70 anos em prol dos mais desfavorecidos.

Criada em 1948, na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o Relatório de Desenvolvimento Humano reúne uma série de direitos considerados básicos para que qualquer pessoa tenha uma vida digna.

Esta segunda-feira, 10 de Dezembro, celebra-se o 70 º Aniversário, uma data simbólica que nunca deverá ser esquecida. Muito foi feito e muito há por fazer em prol de uma vida digna de todos os seres humanos do planeta. Até há quem defenda a reforma da Declaração Universal, é o caso do professor catedrático Alfredo Betâmio de Almeida no seu artigo de opinião no jornal O Público.

Os 15 melhores países para viver

A ONU publicou recentemente a última versão do Relatório de Desenvolvimento Humano. Este documento é publicado desde 1990 e contém um estudo de base analítica e empírica sobre vários pontos relativos às tendências de desenvolvimento.

Neste relatório são avaliados diversos indicadores, tais como a esperança média de vida, saúde, educação, igualdade de género e capacidade financeira em mais de duas centenas de países. Portugal encontra-se no 41 º lugar da lista.

Emancipação da mulher fez com que o nome da Declaração fosse alterada de Declaração Universal dos Direitos do Homem para Direitos Humanos. Conheça a história através do vídeo.

Democracia em crise

Sem liberdade não há direitos humanos e a situação é preocupante. Um estudo realizado pela ONG Freedom House analisou a situação em 195 países em dois aspectos:os níveis de direitos políticos e de liberdade civis. No cenário global, 86 países (45%) foram classificados como livres, 59 (30%) como parcialmente livres e 50 (25%) como nada livres.

Os rostos da causa

Ao longo de várias décadas são vários os nomes associados à causa dos mais desprotegidos. Apesar dos progressos, a luta pela igualdade continuará.

MohandasKaramchand Gandhi– (1869– 1948) foi um líder pacifista indiano e lutou pela independência da Índia e dos direitos dos mais desprotegidos.Cinco vezes nomeado ao Nobel da Paz entre 1937 e 1948, Gandhi nunca recebeu o prémio.

MartinLuther King Jr. (1929– 1968) foi um líder e ativista dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, lutando pela lei de Direitos Civis, que proibiu a discriminação racial nos EUA. Em 1964, recebeu o Prémio Nobel da Paz pelo combate à desigualdade racial por meio da não-violência.

Anna Eleanor Roosevelt – (1884-1962) foi a primeira-dama dos EUA, entre 1933 e 1945, e ficou conhecida como uma grande defensora da melhoria da situação das mulheres trabalhadoras. Na década de 1940, ela apoiou a criação ONU e presidiu a comissão, que elaborou e aprovou a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Nelson Rolihlahla Mandela – (1918 – 2013) lutou contra o sistema de Apartheid na África do Sul. O Apartheid foi um regime de segregação racial no país no qual os brancos controlavam o poder e obrigavam os negros a viverem sem diversos direitos políticos, económicos e sociais. Preso entre 1964 e 1990, recebeu o Nobel da Paz em 1993 e foi o primeiro presidente negro da África do Sul.

Malala Yousafzai (1997 – ) Ficou conhecida por lutar pelo direito das meninas de acesso à educação no nordeste do Paquistão, região dominada pelo Regime Talibã. Em Outubro de 2012, enquanto voltava da escola, Malala foi vítima de um ataque e baleada na cabeça. Nove meses depois, ela pediu que as crianças tenham acesso à educação. Em 2014, foi a pessoa mais jovem (17 anos) a ganhar o Nobel da Paz